A Nossa História

O Nascimento do Funchal em 1961

Num país geográfica e culturalmente maravilhoso, que em algum momento da história tornou-se um império com grandes navegadores desafiando os mistérios de um mundo não descoberto, embora não sem mudanças e eventos que tornaram a sua história única, nasceu a história do Funchal.

Um Início Dinamarquês com Raízes Portuguesas

Em 1961, a construção do navio estava concluída em solo dinamarquês, com os Estaleiros de Elsinore supervisionando o projeto. Enquanto a construção física ocorria na Dinamarca, a influência portuguesa era proeminente, não apenas na sua concepção, mas também na supervisão da construção liderada pelo engenheiro Rogério D’Oliveira. Durante esse tempo, esta embarcação detinha a distinção de ser o maior navio da Dinamarca desde a Segunda Guerra Mundial.

A Evolução do Funchal

Inicialmente construído para transportar suprimentos e passageiros entre Lisboa e as ilhas dos Açores e Madeira para a “Empresa Insulana de Navegação”, o Funchal serviu nessas rotas até 1966. No entanto, em 1966, o seu serviço foi expandido para incluir Tenerife e as Ilhas Canárias. Mais tarde, em 1968, desempenhou um papel único como iate presidencial durante a visita de Américo Tomás a vários locais. O Funchal transportou até mesmo as cinzas de Pedro I para o Brasil em 1972. Em 1973, com uma mudança de propriedade para a “Companhia Portuguesa de Transportes Marítimos”, a aparência do navio passou por uma transformação adicional.

Nova Propriedade e Novos Começos

Em 1985, o Funchal passou para as mãos da “Great Warwick Inc”, pertencente a um consórcio familiar grego e sueco. O navio foi registrado novamente no Panamá, embora a sua tripulação predominantemente portuguesa tenha permanecido. Modificações externas foram feitas na sua aparência, levando a anos de popularidade e sucesso, com verões europeus e cruzeiros de inverno na América do Sul. Modificações adicionais ocorreram em 1993, incluindo uma expansão no convés traseiro. A família grega Potamianos assumiu nos finais dos anos 1990, e em 1997, significativas renovações foram realizadas para cumprir regulamentações, preservando o seu estilo clássico. O navio foi então registrado na Madeira, Portugal.

Viagens Globais e Revitalização

Em 2003, a “Classic International Cruises” expandiu-se para a Austrália, e em 2004, o Funchal operou rotas entre a Europa e a Austrália.

A propriedade gradualmente mudou de mãos após a morte do chefe da família Potamianos em 2012. No entanto, o legado do Funchal foi preservado ao retornar à propriedade portuguesa sob Rui Alegre.

Uma meticulosa restauração e renovação interna ocorreram em 2013, restabelecendo o seu papel como um navio de cruzeiro equipado com amenidades modernas em ambas as cabines de passageiros e da tripulação. Os espaços interiores foram rejuvenescidos para recapturar a sua essência clássica, enquanto o exterior foi cuidadosamente restaurado para se assemelhar à sua aparência original.

Mais uma vez, “O Orgulho de Portugal” foi atualizado para brilhar e cumprir com as regulamentações e padrões atuais. Apesar do significativo investimento feito na renovação, a empresa faliu logo após. No entanto, este belo navio, com o seu design clássico, linhas elegantes e esplendor, está sempre pronto para navegar pelos mares representando com orgulho as suas origens num país de marinheiros.

Um Património Resgatado

Em 2020, um consórcio internacional liderado pela Teamson LDA. resgatou o navio do desuso e impediu que fosse desmantelado. O MV Funchal incorpora a história marítima portuguesa, e a sua preservação serve como um testemunho do património marítimo da nação.